Em 551, um segundo terramoto (mais grave que o anterior) destruiu a cidade quase por completo. PETRA não conseguiu recuperar desta catástrofe, pois a mudança nas rotas comerciais diminuíram o interesse por este enclave.
O primeiro europeu a descobrir as ruínas de PETRA foi Johann Ludwig Burckhardt (1812).
Assim que deixamos a moderna cidade de Aqaba, começamos a entrar no deserto da Jordânia. Durante este trajecto, é possível ver de vez em quando acampamentos de beduínos e, claro, de camelos, passeando-se elegantemente à procura de alimento, que não existe, pois a paisagem só mostra areia.
A cidade de PETRA está localizada num vale que, outrora, era alvo de grandes inundações, razão pela qual os NABATEUS se tornaram peritos em Hidráulica.
A cidade foi dotada de um enorme e complexo sistema de túneis e de câmaras de água, evitando assim a inundação da cidade aquando de chuvas intensas.
PETRA é famosa pelos seus monumentos, todos eles escavados na rocha das montanhas, apresentando fachadas do tipo Helenístico .
Enquanto caminhamos pelo "As-Siq", desfiladeiro que nos dá acesso à cidade de PETRA, a nossa imaginação voa a tempos tão antigos como é o século VI aC. e tenta imaginar como tudo aquilo foi possível de ser criado, com tecnologia tão limitada .
A aproximação à Câmara do Tesouro (Treasury), que é o edifício mais conhecido desta cidade, é feita através de um desfiladeiro muito estreito e a primeira imagem que se observa é a imagem de um anjo. Este edificio é mundialmente conhecido e foi imortalizado em filmes como "Indiana Jones e a última cruzada", "Transformers 2" e, mais recentemente, numa das novelas Brasileiras a passar em Portugal. (Viver a Vida).
A cidade desenvolve-se então ao longo do desfiladeiro que vai abrindo e dá lugar a um largo vale onde, em tempos antigos, estava centrada toda a actividade de PETRA, bem como grandes áreas de cultivo, uma vez que água era coisa que não faltava em PETRA.
A Avenida principal (Colonnaded Street ) era ladeada por uma linha de colunas imponentes, onde estava situado o grande templo, um Teatro com capacidade para sete mil pessoas, bem como outros edifícios administrativos.
A maioria dos edifícios escavados na Montanha são túmulos dedicados a pessoas de várias classes etárias e dai a diferença entre as grandes fachadas esculpidas, como palácios, e outras simples cavernas na rocha.
Hoje em dia, PETRA é um centro mundial de atracção turística e é visível a capacidade comercial de todas as pessoas (mesmo das crianças) tentando fazer negócio com tudo o que lhes é possível.
Este espírito de comércio vem do tempo dos NABATEUS já que PETRA era um dos centros mais importantes das rotas comerciais.
De notar a diferença de mentalidades e atitudes do povo da Jordânia, quando comparada com a dos seus vizinhos Egípcios e a ausência de pedintes durante todo o percurso.
Em vez de se limitarem a pedir ao turista que passa, este povo recorre a tudo que lhes está disponível na natureza, para tentar fazer negócio, e assim ganhar algum dinheiro.
Gostaria muito de poder partilhar convosco a beleza captada por quase 500 fotos tiradas neste dia, mas isso é impossível . Ficam aqui, no entanto, algumas fotografias para ilustrar, da melhor maneira, estes comentários.