O Papa não precisa de quem o defenda. Quem o conhece e está atento, sem preconceitos, ao seu modo de agir e de intervir, antes e depois de ser Papa, sabe que nunca deixou, nem deixará, de afirmar, na fidelidade ao seu magistério, o que considera essencial e, evangelicamente, mais certo. Não fala para plateia com intenção de agradar, nem foge às críticas, mesmo que injustas. É um homem de princípios, coerente com a sua fé, corajoso no enfrentar dos problemas, detentor de uma consciência que lhe mantém bem vivo o sentido do dever e da missão, frente à Igreja, a que preside, e à sociedade, para a qual ela deve ser uma consciência crítica, que denuncie, abra caminhos e colabore. Não tem a força mediática do seu antecessor, diz-se, mas faz da sua coragem e testemunho a mais válida mediação.