

Maria José Santana recorda, no seu escrito, que Aveiro se desenvolve ao longo dos canais da ria, “os mesmos que moldaram a cidade”. Diz que as paisagens da cidade e ria de outrora eram feitas de “centenas de montes brancos de sal”, de que restam poucos. No entanto, a Marinha da Troncalhada – que foi transformada em ecomuseu – preserva “as memórias dos ancestrais métodos de salinicultura da região”.
A jornalista aveirense fala das praias do concelho de Ílhavo, Barra e Costa Nova, e da sua fama, mas não esquece, e bem, a única praia de Aveiro, em São Jacinto, “praia tranquila e pitoresca”. Lembra a Arte da Xávega, na praia da Vagueira, do concelho de Vagos, e sugere, como pratos que podem e devem ser apreciados, peixes grelhados e caldeiradas diversas, adiantando, como bons restaurantes para os degustarmos, o Clube de Vela da Costa Nova e a Praia do Tubarão, ambos na Costa Nova.
David Lopes Ramos debruça-se sobre a gastronomia da Bairrada, onde sobressai, como já tantas vezes tem dito, o famoso Leitão à Bairrada. Embora não seja um exclusivo de Portugal, como muito oportunamente sublinha, reconhece, contudo, que a Bairrada é mesmo o Reino do Leitão.
Sendo certo que se assam leitões um pouco por todo o País, a verdade verdadinha é que o assado à moda da Bairrada, num forno aquecido a lenha, “de pele loura um pouco escura e estaladiça”, é “um prato sumptuoso, um dos nossos melhores assados de forno”.
Para os mais entendidos ou para os que ousarem assar um bacorinho infante em casa, David Lopes Ramos dá umas dicas e até mostra, com boas fotos, como se deve fazer. Para o apreciar, como tem de ser, indica algumas casas, onde o leitão, de facto, tem outro sabor. Casa Vidal, em Almas da Areosa, Aguada de Cima; Restaurante Mugasa, em Fogueira, Sangalhos; Meta dos Leitões, Mealhada; Pedro dos Leitões, Sernadelo, Mealhada; Casa Queirós, Avelãs de Caminho; e A Nova Casa dos Leitões, em Peneireiro, Aguim.