CONSTRUÇÃO NAVAL EM PARDILHÓ
Caríssimo/a:
1916 - «Em 1916 foi despendida uma verba de 4.789.129$00 na importação de bacalhau e 7 anos depois [1923] este valor subia para 123.775.924$00. Quer dizer, neste período a saída de divisas aumentou quase 30 vezes.» [HPB,69]
1917 - «Os navios bacalhoeiros da Figueira da Foz não irão este ano [de 1917] à pesca nos bancos da Terra Nova, em virtude de o pessoal exigir remunerações exorbitantes”. [...] Também a subida dos preços dos seguros chegou a pôr em risco a companha de 1917. Acresce ainda que a navegação se fazia com receios dos submarinos alemães, o que obrigou diversas empresas a fazer seguro das cargas.»[Oc45, 85/86]
«Apesar das contrariedades, iam surgindo novas empresas. Em 1917, nasce uma sociedade por quotas, com um capital de 32 contos, em que a maior quota pertence a D. Lucília Ferreira Duarte Pinto Basto.» [Oc45, 86]
1918 - «Após o final da Guerra, assistiu-se a um incremento da pesca do bacalhau e da construção naval, especialmente em Aveiro. Em 1918, a Companhia Aveirense de Navegação e Pesca, liderada por um importante comerciante da praça de Aveiro, com ligações fortes ao poder político e económico locais, lança às águas o lugre ALTAIR, construído no estaleiro de Manuel Maria Bolais Mónica, na Gafanha da Nazaré. A imprensa local dá um enorme relevo à festiva e mediática cerimónia do “bota-abaixo”.» [Oc45,869]
1919 - «Em Pardilhó (Estarreja), terra conhecida pelos construtores navais de barcos moliceiros, fora construído em 1919, pelo mestre Joaquim Dias Ministro, o lugre de madeira ENCARNAÇÃO.» [Oc45, 120 n. 13]
«Depois de um período florescente durante a I Guerra Mundial e da formação de uma escola de carpintaria naval, em 1919, o renascimento da construção naval em madeira na Figueira da Foz dá-se somente na época da II Grande Guerra. A dinastia Bolais Mónica associou o seu nome à construção naval em madeira na Figueira da Foz, destacando-se os construtores António, Manuel, João, José Maria e Benjamim Bolais Mónica. Este último localizou as suas carreiras na tradicional Murraceira, em frente da cidade da Figueira da Foz.» [Oc45, 115]
«Em 1919, perdeu-se o ARIEL. A arrematação dos salvados não rendeu mais de 3.000$00.» [Oc45, 88]
Em título, realcei a construção naval em Pardilhó... já que Pardilhó foi ( ainda será?...) a sede do Sindicato da Construção Naval!
Contudo, e sem dúvida, qualquer um dos parágrafos daria assunto para pesquisa e muita investigação: aos nossos futuros estudiosos...
Manuel