de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Sábado, 05 Junho , 2010, 23:36

 

 

José Sócrates garantiu que o Governo vai continuar com o encerramento de escolas para combater o insucesso escolar e considerou que teria sido “criminoso” não ter avançado com o processo.

 

Ora aqui está uma medida acertada e corajosa. Pese embora a impopularidade deste projecto, havemos de compreender que, sob o ponto de vista pedagógico, social e educacional, não faz sentido, em pleno século XXI, haver professores a leccionar quatro anos escolares distintos, em escolas que não reúnem há muito condições ideais para o ensino.

Há que organizar transportes adequados e pôr a funcionar cantinas? Há, sim senhor. Há que preparar escolas com salas de aula bem equipadas e com espaços para educação física e desportos? Há, sim senhor.

Sendo assim, por que razão os pais protestam? Penso que só a ignorância os pode levar a isso. As crianças, isoladas em aldeias perdidas, sem contacto com o mundo real, sem convívio com outros colegas, sem um professor para cada classe, sem usufruírem das vantagens de escolas modernamente montadas para as receber, ficariam com a sua formação básica muito incompleta. Esta é que é a verdade nua e crua. Tudo o mais é demagogia pura e simples e não perceber nada de educação.

 


Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 28 Abril , 2010, 22:46
Flores para os aniversariantes
A alegria marcou presença

 

 

 

 

As dietas só (quase) alimentam tristezas

Na Universidade Sénior da Fundação Prior Sardo há, com alguma regularidade, tardes de convívio, sobretudo quando há aniversariantes. Hoje foi assim, no Centro de Recursos Mãe do Redentor.
Nestes momentos é possível verificar como dirigentes e orientadores de grupos de trabalho sabem partilhar alegrias, criando a harmonia tão necessária entre os menos jovens em idade, que não no espírito fraterno.
Uma universidade, qualquer que seja, não pode desenvolver apenas encontros de troca de saberes e de experiências, mas deve também promover iniciativas que, de alguma forma, possibilitem a proximidade entre directores, docentes e discentes, no sentido de levar à construção de um ambiente familiar, onde as intervenção e acções se manifestam com mais naturalidade, facilitando a entreajuda.
Depois, não faltou a mesa, bem composta, com acepipes variados, para matar a fome e saciar o apetite a quem anda massacrado com dietas que só (ou quase) alimentam tristezas.
Então, até ao próximo convívio...
 
 
FM
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Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 21 Abril , 2010, 18:44
Ribau Esteves em conversa com professoras

 

Pinturas já em curso

 

Centro Escolar moderno

exige atitudes com modernidade

 

No dia 1 de Setembro próximo, aquando da abertura do novo ano escolar, o Centro Escolar da Cale da Vila, na Gafanha da Nazaré, vai abrir as suas portas a quatro turmas do 1.º Ciclo do Ensino Básico e a três do Jardim-de-Infância, num total de 175 crianças.

O edifício, em construção acelerada, reúne as mais recentes tecnologias a nível de construção, permitindo trabalhos inovadores a professores, alunos e empregados. As salas são insonorizadas e climatizadas, com recurso a energias passivas e aproveitamento do calor do exterior.

O Centro Escolar, que não exclui a antiga Escola da Cale da Vila, possui sala de refeições com 120 lugares, biblioteca ampla e recreios polivalentes para todas as crianças.

Para o presidente da Câmara, Ribau Esteves, a educação e a cultura são “áreas básicas” para a formação dos munícipes, já que “as pessoas são o mais importante”. Mas prioritários, nestas áreas, “são os mais novos”, referiu o autarca.

Ribau Esteves reforçou a ideia de que este Centro Escolar, situado numa zona de certo modo “escondida”, vai dar nova vida àquela zona da Gafanha da Nazaré. Novos arruamentos estão em curso, permitindo a circulação mais folgada, tanto à comunidade escolar como aos residentes.

Para o presidente da Câmara, este moderno edifício “marca também uma nova forma de trabalhar, que é a ambiência nos mesmos espaços de alunos do 1.º Ciclo e do Pré-escolar, com cantina para a ATL, cujos pais passam a ser parceiros da autarquia neste sector».

Referiu, por fim, em jeito de alerta, que “a ambiência não é só moderna por existir um espaço novo, mas por exigir de todos uma atitude, também ela própria, com a sua modernidade”.

 

FM

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Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 06 Abril , 2010, 17:56

«As crianças não sabem poemas mas conhecem canções, não seguem os mandamentos morais, mas sim "o que dizem os colegas", não conhecem os clássicos, mas sabe o que dizem as personagens televisivas. Na verdade, a pedagogia que nivela tudo por baixo no intuito de esbater as diferenças teve como consequência tornar ignorantes milhões de pessoas e privilegiar aqueles que podiam ir para a universidade e para escolas de excelência com professores respeitados e programas rigorosos. É por essa razão que há cada vez mais pessoas a quererem uma escola mais séria, mais rigorosa, com professores preparados e mais respeitados. Mas também começam a perceber que é essencial que existam normas morais básicas interiorizadas, aprendidas até ao fim da infância.»

Francesco Alberoni, no i de hoje


Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 31 Março , 2010, 13:51

 

 

Postal do Porto

 

Amigo

 

As primeiras chuvas de Outono recordam-me as viagens de bicicleta a caminho do velho Liceu de Aveiro… Tantas saudades.

Passaram-se os anos… À vida sucedeu o estudo…

Agora a Escola Antiga está a ser contestada… Surge a Escola Nova…

Praza a Deus que a reforma nos traga um clima de sossego e de trabalho onde, cada um, possa e queira estudar ou, melhor, preparar-se para a vida.

Não tenhamos ilusões. Por mais voltas que a roda dê, um jovem sentirá sempre o salto para as realidades da vida. A escola tem obrigações de lhe deixar o espírito aberto para essa adaptação.

Que os nossos estudantes saibam aproveitar tantas facilidades concedidas e continuem, como os outros, à procura de um mundo melhor!

 

Um abraço

 

Manuel

 

NOTA:  Este Postal do Porto, do meu amigo Manuel, que encontrei um dia destes nas buscas que gosto de fazer, foi publicado em Outubro de 1973 no Timoneiro.

Reparem como mantém a actualidade. O tempo passa, mas há princípios que perduram, como essenciais às nossas matrizes. Quando eles se perdem, haverá riscos de rupturas traiçoeiras…

 

FM

 

 

 

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Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 16 Fevereiro , 2010, 19:00

 

Exposição até 21 de Março

 
O III Sarau InterEscolas (Encontro das Escolas do Município de Ílhavo), organizado pela Câmara Municipal, vai ter lugar no próximo dia 19, sexta-feira, pelas 21 horas, no Centro Cultural, com entradas gratuitas. Trata-se de um excelente trabalho desenvolvido pelas Escolas Secundárias e EB 2, 3 do nosso município.
A exposição, que será inaugurada antes do Sarau, terá como áreas artísticas o desenho, a escultura e a instalação.
As temáticas serão orientadas por três áreas distintas, mas também confluentes: a tolerância, o imaginário e as nossas histórias. Uma exposição original a não perder.
Estará patente até 21 de Março.
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Editado por Fernando Martins | Sábado, 09 Janeiro , 2010, 12:44
Um grande bico-de-obra está aqui: Enquanto houver quotas, não há paz nas escolas. E, afinal, os professores ainda se queixam de falta de informação, mas a que tinham não justificava manifestações de entusiasmo, lê-se no Público.
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Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 08 Janeiro , 2010, 12:51



Todos Ganharam

O Governo e os principais Sindicatos de professores chegaram a acordo. Já não era sem tempo. Tudo porque houve diálogo. Assim devia ser sempre. Só não é quando não há gente capaz de falar e de ouvir, até se chegar a um consenso. Desta vez, aconteceu. Ainda bem. A serenidade voltará às nossas escolas, onde há alunos para ensinar e para aprender. E professores que devem seguir essa mesma linha: ensinar e aprender. Houve vencedores e vencidos? Não! Houve apenas vencedores: O ministério, os professores, os alunos, as famílias e as comunidades. Todos, afinal.

Ler mais aqui






Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 05 Janeiro , 2010, 18:01




Com o objectivo de apoiar os pais que procuram ajuda junto dos directores de turma, no sentido de contribuírem para a educação dos seus filhos, a Escola Secundária da Gafanha da Nazaré avançou com algumas sugestões, que aqui reproduzo:


Sugestões para encarregados de educação

1. Supervisione o tempo que o seu filho(a) passa em frente à televisão.
2. Crie uma rotina de trabalho e estudo e reforce a necessidade de cumprir esse horário.
3.Tenha expectativas realistas face ao seu filho/a: nem demasiado ambiciosas nem demasiado baixas.
4. Nunca deixe o seu filho(a) sair de casa sem tomar o pequeno-almoço.
5. Assista às reuniões de pais.
6.Colabore com os professores do seu filho na realização de actividades extra-curriculares.
7.Informe o(s) professor (es) do seu filho sempre que esteja a acontecer algo que seja negativo para o seu desempenho.
8. Supervisione o acesso do seu filho/a à Internet.
9. Respeite o espaço do seu filho(a), não seja demasiado invasivo.

Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 10 Dezembro , 2009, 01:22


Biblioteca Municipal de Ílhavo

A Câmara Municipal de Ílhavo vai entregar, hoje, dia 10, pelas 10.30 horas, na Sala Polivalente da Biblioteca Municipal, as Bandeiras Verdes aos Estabelecimentos de Ensino, premiando, desta formar, o excelente trabalho desenvolvido pelas Escolas nas áreas ambientais. Refira-se que este empenho de professores,  funcionários e alunos contribuiu para que o Município de Ílhavo passasse a ser o 2.º Melhor Município do País, no âmbito da dinamização do  projecto das Bandeiras Verdes, com 30 Escolas galardoadas, em 2008 / 2009.
Esta cerimónia mais significado tem, por neste dia se comemorar a Declaração Universal dos Direitos Humanos, ao mesmo tempo que decorre a Cimeira sobre o Clima, em Copenhaga.



Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 11 Novembro , 2009, 11:37
"Ministra concordou em mudar as regras até Dezembro. É tudo o que os sindicatos queriam ouvir." Garantia do jornal i.  Até que enfim, vai haver diálogo entre Ministério da Educação e os Sindicatos dos Professores. Pergunta-se: Por que razão o Governo não fez isto há mais tempo? Os nossos políticos não percebem que sem diálogo se cai na guerra? E que em guerra nada de positivo se constrói?  

Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 16 Setembro , 2009, 09:40
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Sempre há cada cábula!...
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É FRANCÊS E NÃO PERCEBO NADA
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- Não, não entendo nada do que ele diz! É Francês e não percebo nada.
Foi esta a frase proferida por aquela mocinha de carinha laroca e uma auto-estima bem posicionada.
Encontrava-se a ajudar o pai, na banca de venda, no mercado municipal, ali na cidade ao lado.
Tendo assistido a esta tirada da miúda e calculando que na sua tenra idade ainda a estaria a frequentar escola, inquiri:
- Então a menina não anda na escola, ainda?
Claro que sim, mas não sei nada de Francês. Nem desta língua nem de nada!
Dizia isto com ar displicente e a convicção de quem já sabe desfrutar da vida e aprendeu a lei do desenrascanço.
Enquanto se descartava da responsabilidade de ter de atender o cliente do pai, em Francês, ia atirando a título de desculpa, que apesar de tanta ignorância tinha passado todos os anos.
Com quinze anos, duma vida iniciada no sistema de ensino que mais se assemelha ao nacionalporreirismo, que tudo facilita e tudo consente. Ia subindo na escala hierárquica da formação académica portuguesa, revelando uma iliteracia confrangedora. Completara o 9.º ano e iria ingressar no 10.º, já neste mês de Setembro deste ano lectivo.
Perante esta tirada de “sabedoria”, interroguei-a:
- És tu que não sabes... porque não estudas nada, ou são os teus professores que nada te ensinam?
Era uma aluna cábula, que anda na escola só para passar o tempo e lá vai deitando mão dos estratagemas que vão surgindo: as cábulas.....
Com aspecto de quem promete vir a ser um bom vivant, a criaturinha de ar determinado num palminho de cara, ia construindo o futuro, trôpega, sem consistência na sua formação académica e humana, mas lá ia coxeando, tal qual um ancião que já gastou as suas energias na longa caminhada da vida.
Eu que ia ouvindo e reflectindo, pensava com os meus botões: aqui está a caricatura do que é o sistema de ensino em Portugal. Não se estuda nada, não se faz nada... mas no fim, há o prémio para quem pelo menos sabe desenrascar-se. Esses que têm essa propensão e a vão treinando na escola, certamente vão ser pessoas bem sucedidas no futuro! Se os ensinamentos vêm de cima, temos na cena política os melhores exemplares. E...não subiram tanto na vida, que chegaram ao topo da carreira, sem sequer terem concorrido a titulares?
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M.ª Donzília Almeida
07.09.09

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 15 Setembro , 2009, 11:57
Relógio de Sol e Rosa-dos-ventos



Projectos mobilizadores
das capacidades dos alunos

Nas Escolas há, cada vez mais, felizmente, projectos mobilizadores das capacidades dos alunos, graças ao trabalho de professores competentes e responsáveis. Sei que é assim em todas as Escolas, porque Escolas rotineiras não têm lugar nos tempos que correm.
Como já devem ter notado, uma simples passagem pela Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, no sábado, levou-me a apreciar, da rua, algumas iniciativas que chamaram a minha atenção. Vi a rosa-dos-ventos, um gerador eólico, decorações nas paredes do edifício… Confesso que gostei. Já agora, tentarei passar por outras, mas gostaria que cada Escola da Gafanha da Nazaré me alertasse para projectos inovadores… Aqui fica o desafio.
Com este projecto, assente na instalação do Relógio do Sol e da Rosa dos Ventos, pretende-se atingir a “sistematização prática de conhecimentos que reforce nos jovens a capacidade de utilização de instrumentos de uso comum e científico, de modo a que possam directamente observar o movimento diurno aparente do Sol ao longo do ano”, diz o relatório desta iniciativa. E acrescenta: “Além disto, pretende-se o conhecimento dos pontos cardeais e a respectiva orientação geográfica dos mesmos na escola. Deste modo promove-se a consolidação de hábitos de pensamento e de acção, instrumentos estes necessários para a organização do seu próprio pensamento.”
Os promotores deste projecto são os professores Cristina Carmona, Rosa Agostinho e Piedade Santos.
FM

Editado por Fernando Martins | Sábado, 12 Setembro , 2009, 14:27
Escola Secundária da Gafanha da Nazaré

Mérito para toda a comunidade educativa


Fiquei um dia destes muito satisfeito quando li, no Timoneiro, mensário da Gafanha da Nazaré, um texto de Jorge Pires Ferreira, chefe de redacção, que sublinhava ter passado a Escola Secundária, segundo a avaliação do Ministério da Educação, com distinção.
Eu, que me considero bem informado sobre o que diz respeito à minha terra, desconhecia esse facto. Por certo, outros haverá, merecedores de serem divulgados, que me escapam.
A Escola Secundária da Gafanha da Nazaré (ESGN) foi, então, avaliada pela Inspecção Geral da Educação e o mérito, classificado com “Bom” e “Muito Bom”, diz bem do trabalho desenvolvido neste estabelecimento de ensino, onde não faltam projectos apoiados por uma “vasta rede de parcerias” e por uma “liderança dinâmica e motivadora", como se lê na reportagem.
A ESGN foi frequentada, no último ano lectivo, por 771 alunos, sendo 340 do 3.º Ciclo e 341 do Secundário. Para além desses, há os alunos das Novas Oportunidades. Leccionam 119 professores, havendo 46 funcionários.
O mérito alcançado vai inteirinho para quantos lideram, leccionam, trabalham e estudam nesta escola. Mais ainda: para as famílias, parceiros de projectos e demais instituições que apoiam a ESGN.
Os meus parabéns a todos.
FM

Editado por Fernando Martins | Sábado, 12 Setembro , 2009, 14:00
A palavra escola vem do grego scholê, que significa ócio. Não se trata, porém, do ócio da preguiça, mas do tempo livre para o exercício da liberdade do cidadão enquanto homem livre, tendo, portanto, a escola de ser o lugar e a instituição da formação para o ser Homem pleno e íntegro.
Há aquele preceito paradoxal de Píndaro: "Homem, torna-te no que és". Então, o Homem já é e tem de tornar-se no que é? Realmente, quando se compara o Homem e os outros animais, constata-se que os outros já vêm ao mundo feitos enquanto o Homem nasce prematuro, por fazer e tendo de fazer-se: devido ao que os biólogos chamam a neotenia, já nasce Homem, mas tem de fazer-se plenamente humano. E aí está a razão da educação enquanto o trabalho mais humano e humanizador, de tal modo que Fernando Savater pode justamente considerar os professores como "a corporação mais necessária, mais esforçada e generosa, mais civilizadora de quantos trabalham para satisfazer as exigências de um Estado democrático". Porque o que é próprio do Homem não é tanto aprender como "aprender de outros homens, ser ensinado por eles".
Savater também escreve, com razão, que "a principal disciplina que os homens ensinam uns aos outros é em que consiste ser Homem". Por isso, o horizonte da escola tem de ser o Homem na sua humanidade plena, o humanismo integral. Não se justifica aquela abusada separação entre ciências e humanidades. Aliás, na base dessa separação está um equívoco: a denominação de "humanidades" é de origem renascentista, não por oposição às ciências - essa separação entre ciências da natureza, com base na explicação, e ciências do espírito, com base na compreensão, acentuou-se no século XIX -, mas aos estudos bíblico-teológicos. De facto, das humanidades faziam parte tanto o Banquete, de Platão, como os Elementos de Geometria, de Euclides.
Compreende-se, pois, que da educação faça parte tanto o Português como a Matemática. Mas, se a linguagem é estruturante de mundo e o saber fundamental, torna-se claro que, se a compreensão do Português for frágil, não há razão para espanto no desastre em Matemática.
Fica aí uma súmula de erros em Português em escritos académicos recentes de estudantes universitários.
Erro constante é o de colocar o verbo haver no plural, quando deveria ser colocado no singular. Note-se, porém, que este erro é frequente mesmo em professores dos diversos graus de ensino, ministros, gestores, advogados... Exemplos: "haviam muitas possibilidades", "poderiam haver outros partidos". Neste caso, será preciso perguntar qual é o sujeito.
Uma boa pontuação é rara e uma bênção, pois dificilmente se sabe colocar uma vírgula no lugar certo. Mas não é raro colocá-la imediatamente a seguir ao sujeito da frase. Será então preciso perguntar: qual é a lógica que preside à coisa?
Agora, casos concretos: "o homem dasse a conhecer"; "vou reflectir à cerca de outro tema"; "deve-se dizer não há violência"; "se ele mandá-se, como seria?"; "há-dem ver" - aqui, observo que já ouvi esta a um ministro; "o nosso tempo trás de volta o mito"; "isto nada tem haver com o que foi dito"; "à muito tempo que é assim"; "tratam-se de questões complexas" - é muito frequente ouvir este erro na televisão, na rádio e em conferências; "vamos, quando quiser-mos"; "é assim; senão vejamos" - outro erro comum.
Por onde começar na reforma do ensino?
Tive a sorte de ter tido excelentes professores, mas talvez aquele ao qual mais devo seja o da escola primária, como então se dizia - saíamos de lá a dividir correctamente as orações, a distinguir entre um "que" relativo e um "que" integrante, um "se" condicional e um "se" infinitivo, e a redigir sem erros mortais. Ele não tinha passado pela Universidade, mas era dedicado e punha-nos a fazer essas coisas - redacções ou composições literárias, ditados, cópias... - com naturalidade e exigência, corrigindo diariamente o que era para corrigir. Cumpria como professor o que diz o étimo, que é profiteor: declarar abertamente, confessar publicamente, proclamar, obrigar-se a, dar a conhecer, entregar uma mensagem, ensinar.
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