de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 16 Junho , 2009, 22:22

Amor é...

Numa esquina da vida se encontraram;
D ‘amizade brotou o sentimento.
Que passo a passo, foi ganhando alento
E em juras de amor, os dois falaram.

Um dia, no altar, ambos selaram
Fidelidade nesse juramento
E com o olhar fixo no firmamento,
D’ mãos dadas estrada fora, caminharam.

E quando a doença os tocou,
Amnésia da mulher se apoderou.
Ao lado dela, digno de se ver,

O homem devotado, sempre ficou
E com todo o carinho demonstrou
Que “Amor é” a força de viver!

Mª Donzília Almeida
22.04.09

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 16 Junho , 2009, 22:10
É certo que até um carro,
se não se olha bem para o caminho,
poder derrapar.
Mas o nosso hábito derrapador
é o pior dos travões e dos sinais

1. Também as épocas de menos abundância económica, mesmo para quem tem carta livre, são oportunidades obrigatórias de parar para pensar. Pensando, observa-se uma nuvem cinzenta sobre más práticas económicas e fiscalizadoras que, ao longo de anos a fio, tem quase considerado normal a existência de grandes derrapagens em grandes obras públicas. Para quem ainda tivesse dúvidas, a notícia da agência LUSA é clara e não recebeu, que nos tenhamos apercebido, ruídos de reprimenda ou contraditório: «Face à derrapagem de mais de 241 milhões de euros em cinco obras públicas e dos seus prazos de execução, o Tribunal de Contas recomendou ao Governo a criação de um Observatório de Empreendimentos de Obras Públicas.» Dá para repensar.

2. Se cada cêntimo desse valor público vem dos impostos dos contribuintes, fará sentido o perguntar-se sobre o porquê da indiferença na mentalidade portuguesa que, em vez de exigir o rigor cuidadoso e absoluto, foi lavando as mãos, deixando correr o tempo e a derrapagem(?). Talvez já seja muito tarde este despertar, mas em vésperas de novas eleições e possíveis grandes concursos, decisões e construções, um Observatório independente que passe do papel à obra seria uma das grandes fontes para uma maior justiça social. É possível? Valeria a pena conhecer dados sobre como são as derrapagens financeiras e os atrasos nas obras dos países mais desenvolvidos e com democracias mais maduras. É certo que até um carro, se não se olha bem para o caminho, poder derrapar. Mas o nosso hábito derrapador é o pior dos travões e dos sinais.

3. Para uma visão com maturidade, nestas questões, nunca pode estar em causa qualquer facção sociopolítica, mas todas(os). E as denúncias do Tribunal de Contas em nada poderão esfriar a auto-estima das comunidades. Muito pelo contrário: mais observar, quando a ética da liberdade não consegue vencer, será preparar um melhor futuro. Sem derrapar!

Alexandre Cruz

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 16 Junho , 2009, 19:29

Com as férias de Verão que ai vêm a correr, se o tempo nos não pregar qualquer partida, as nossas estradas vão-se encher de carros. Os acidentes, infelizmente, sucedem-se.
Hélder Boavida, Director-Geral BMW Group Portugal, recomenda, como li no jornal i:

“Vamos tornar a nossas estradas mais seguras., através de um processo de ensino nas escolas de condução que preveja obrigatoriamente um número mínimo de aulas sobre técnicas de condução defensiva, em complemento ao normal processo de aprendizagem de código da estrada técnico e prático.”
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Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 16 Junho , 2009, 09:12



A SALINEIRA

Rosto ao vento
gemendo sob o peso
da canastra de sal
a salineira carrega cristais de sonho
num sofrimento milenar
consentido.


Pés descalços e encardidos
fazem tape-tape
no lajedo do cais
e o céu se espelha
na doce calmaria da Ria.


Gaivotas nervosas
cruzam o espaço
com gritos estridentes
e os barcos saleiros
cheirando a maresia
balouçam ao ritmo
da descarga


Praguedo inocente
se espalha no ar
saído das bocas de carregadores
atarefados.


Ao longe
a grande planície
se espreguiça nos braços da Ria
e as ervas dos esteiros murmuram
as canções do vento.


De onde em onde
montes de sal
pontilham o horizonte
como seios voltados ao céu


Jeremias Bandarra

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 16 Junho , 2009, 00:01

Sou filho duma simbiose difícil: nasci na freguesia da Glória, ao que me dizem ali para os lados da travessa de São Martinho, mas filho de pai "cagaréu", marinheiro, e de mãe "ceboleira".
Já lá vão os tempos em que se roubavam os andores, se apedrejavam os namorados das freguesias rivais, se ridicularizavam, reciprocamente, as referências caracterizadoras dos nascidos na Vila Velha, a Glória, e na Vila Nova, a Vera-Cruz.
Sou simbiose disso tudo: fruto do salgado do peixe maila cebola e a chanfana.
E, por isso mesmo, quando olho para a freguesia onde nasci — a Glória — não sou capaz de nela pensar sem deixar de também me sentir vestido de camisa de linho branco e de manaia azul, roupas próprias do marnoto da Vera-Cruz.
-
Gaspar Albino


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