de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 25 Março , 2009, 22:27

No dia 4 de Abril, um Sábado, no âmbito do Dia Nacional dos Moinhos, que se assinala a 7 de Abril, terá lugar o Dia dos Moinhos Abertos de Portugal, iniciativa organizada pela Rede Portuguesa de Moinhos, com o apoio da TIMS, Sociedade Internacional de Molinologia. Pretende-se chamar a atenção dos Portugueses para o inestimável valor patrimonial dos nossos moinhos tradicionais, de forma a motivar e coordenar vontades e esforços de proprietários, moleiros, organizações associativas, autarquias locais, museus, investigadores, molinólogos, entusiastas, amigos dos moinhos e população em geral.
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Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 25 Março , 2009, 17:31
(Foto do meu arquivo)



Segundo reza a história, a Feira de Março terá nascido por decreto régio de D. Duarte, no ano de 1434. Outros sugerem que a feira franca, que esteve na origem da actual Feira de Março, surgiu antes dessa data.
Mons. João Gaspar, no seu mais recente livro, “AVEIRO – Recordando Efemérides”, aceita aquele ano e até adianta o dia 27 de Fevereiro. E acrescenta: “El-Rei D. Duarte, julgando ser do seu serviço e para bem do Reino e com o propósito de engrandecimento de Aveiro, nesta data deu «poder e licença» ao infante D. Pedro, seu irmão, que mandasse «fazer e se faça daqui em diante em cada hum ano na sua uila dAveiro e no mês de Maio huma feira franqueada, a qual se fará por esta guisa começar-se no primeiro dia do dito mês e durará até ao dia de São Miguel seguinte, que são outo dias.”
Sublinha a seguir que “desde cedo foi transferida para os últimos sete dias de Março.”

Depois destas curtas notas históricas, penso que vale a pena salientar que a Feira de Março está, de facto, no nosso imaginário. Quem há por aí que a não tenha visitado, nem que seja a correr, como quem cumpre, religiosamente, uma obrigação anual.
Eu também lá costumo ir, nem que seja de fugida. Olho a animação, aprecio as quinquilharias, dou uma volta pelas indústrias ali representadas, com inovações, vejo a criançada a divertir-se nos carrosséis, como uma fartura (ou duas, se me deixarem) e regresso a casa com a sensação do dever cumprido.

FM

Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 25 Março , 2009, 17:03

Dizer Angola

1. «Quem vai para Luanda vai para a fortuna, quem procura qualidade de vida vai para a província» (Visão, 12-03-09: 58), afirma sem receios um dos 100 mil emigrantes portugueses que recentemente partiram rumo a Angola. A nova terra de oportunidades está na moda, mas as buscas ansiosas das fortunas também poderão ser traiçoeiras quanto indignas, pois continuadoras de desigualdades que importa diluir. A terra da promessa está na ordem do dia, facto acelerado pela generalizada crise global e europeia (a que Portugal não foge), sendo a língua e a cultura pontes privilegiadas. De quem conhece os terrenos angolanos, o desenvolvimento floresce a cada dia, mas sendo certo que uma coisa é a capital e outra é a realidade do interior.

Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 25 Março , 2009, 15:09

A velhinha ali estava na ponte-praça à hora de ponta fazendo tentativas após tentativas para atravessar. Estava no lugar que lhe pertencia, na passadeira. O trânsito, intenso como habitualmente, não lhe dava oportunidades. Dum lado e doutro, cada automobilista pensava só em si e nada nos outros.
A cada tentativa, logo os estridentes apitos a avisavam de que ela não tinha hipóteses. Que esperasse, talvez pensassem os apressados condutores. Enervei-me e fui dar uma ajuda. Quase exigi, qual sinaleiro, que houvesse respeito pelos que não podem passar a correr, como qualquer de nós, mais jovens ou de pernas mais lestas.
Todos reconhecemos que vivemos uma época de pressas, de correrias, de e para o trabalho, para os encontros com horas marcadas, para o aconchego da família após muitas horas de trabalho. Mas que isso se faça com muito respeito, sobretudo pelos mais idosos.
Será que ainda não viram aquele anúncio da TV, em que o automobilista pára, solícito, para deixar passar o idoso, trôpego, ao encontro de sua esposa? E nunca repararam como eles, de sorriso agradecido, se dirigiam a quem parou e foi simpático?

Fernando Martins
In TIMONEIRO, Fevereiro de 1989
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