de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 31 Maio , 2006, 14:20

Novos centros
para formar
um milhão
de cidadãos

O primeiro-ministro, José Só-crates, lança 122 novos centros de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC), entida-des em que o Governo pretende envolver em acções de qualificação cerca de um milhão de pessoas até 2010.
Os centros RVCC destinam-se a reconhecer a formação e aprendizagem de adultos em várias áreas profissionais fora do sistema escolar tradicional, permitindo à população activa com escolaridade reduzida obter habilitações reconhecidas equivalentes ao 9º e 12º anos de escolaridade.
José Sócrates assinalará o lançamento dos novos centros, que fazem parte do programa "Novas Oportunidades", durante uma sessão que decorrerá no Centro de Formação Profissional da Indústria de Construção Civil e Obras Públicas do Sul (Cenfic), no Prior Velho, em Lisboa.
Além do chefe do Governo, estarão também presentes na sessão - em que será assinado "um compromisso de missão" pelos directores dos novos centros -, os ministros da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, e do Trabalho e Solidariedade, Vieira da Silva.
De acordo com dados do Governo, a abertura dos novos 122 centros RVCC permitirá que se encontrem em funcionamento 220 centos de RVCC no final de 2006 - valor que o Executivo diz estar "acima da meta traçada" para este ano, no âmbito do programa "Novas Oportunidades".
Entre os principais objectivos do programa "Novas Oportunidades" está a "qualificação de um milhão de activos até 2010, através do sistema de RVCC e de formação complementar ao nível do 9º e do 12º anos de escolaridade.
O programa "Novas oportunidades" pretende ainda dar prioridade às vias tecnológicas e profissionalizantes para jovens, fazendo com que cerca de 650 mil pessoas sejam abrangidas. No caso do ramo da construção civil, segundo os dados do Cenfic, a mão-de-obra no sector atinge "aproximadamente meio milhão de trabalhadores, estando 50 por cento nas regiões Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve".
Entre os 250 mil trabalhadores desta zona do país, o Cenfic refere que 16.750 tem menos do que o quarto ano de escolaridade, cerca de 149 mil não possui o sexto ano e cerca de 46500 não completou o 9º ano de escolaridade.
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Fonte: SOLIDARIEDADE

Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 31 Maio , 2006, 14:09

"NA ESTEIRA DE EGAS MONIZ":
Documentário
será transmitido
no Biography Channel

Revelar o homem que foi Egas Moniz porque “poucas pessoas conhecem o nosso Nobel da Medicina”. A constatação esteve na génese do documentário “Na Esteira de Egas Moniz”, da autoria de Rui Pinto de Almeida e de Alexandrina Pereira, exibido em ante - estreia nacional no Cine Teatro de Estarreja.
Ao longo de 58 minutos, os testemunhos de familiares, de antigos pacientes, e dos neurologistas António Damásio, Alexandre Castro Caldas e João Lobo Antunes constroem uma narrativa onde a representação da figura de Egas Moniz aparece contando na primeira pessoa momentos da sua vida.
O realizador do documentário “Na Esteira de Egas Moniz”, Rui Pinto de Almeida, considera que o resultado final vai de encontro aos objectivos traçados, no sentido de se divulgar a parte menos conhecida do Nobel, o Homem, o Cientista, o Político, o Escritor.
Em qualquer uma das facetas de Egas Moniz, “ressalta a genialidade do Cientista”, conclui o Vereador da Educação e Cultura da Câmara Municipal de Estarreja, João Alegria. O documentário “dá-nos uma visão de quem foi Egas Moniz nas suas várias vertentes”.
No documentário, é feita a referência ao homem de fortes convicções, dotado de um grande sentido de justiça, na vida política e nos trabalhos que apresentava na Assembleia Constituinte de 1911.
Descobrir o político “foi um maravilhar constante”, diz deslumbrada Alexandra Pereira porquanto Egas Moniz “tinha ideais muito próximos dos nossos de hoje em dia. Foi muito gratificante ter contacto com as ideias dele, com uma parte da sua vida que eu desconhecia”.
Um homem sensível e carinhoso, ainda hoje muito recordado na família, pelos sobrinhos – netos que educou, pelo afecto e pela atenção que dispensava. Ao fazer as entrevistas, Alexandra Pereira percebeu que “ainda hoje as pessoas se comovem ao falar sobre ele”.
Após o profundo trabalho de pesquisa e investigação em torno da vida e obra de Egas Moniz, Rui Pinto tem apenas um aspecto a lamentar, “a falta de registo de imagens em movimento do Nobel”.
Existindo uma razão para essa lacuna. “Ele era uma ‘persona non grata’ do regime salazarista que o ignorava o mais possível. Não são conhecidos registos e como realizador sinto a falta de o ver em movimento”.
Outubro de 2004 foi a data de início do projecto. A criação de uma comissão científica foi um dos primeiros passos e encetar.
Sabendo-se que o “tema da leucotomia não é devidamente conhecido, entra em confusão com a lobotomia”, e para o devido esclarecimento e desmistificação da questão, foi imprescindível o contributo “dos dois principais neurologistas portugueses e a nível mundial também”, afirmou Rui Pinto de Almeida, referindo-se a João Lobo Antunes e Alexandre Castro Caldas.
A comissão científica ficou completa com a participação da Directora da Casa Museu Egas Moniz, Rosa Maria Rodrigues, numa aproximação à faceta humanista do investigador, tendo havido desde logo, a anuência da Câmara Municipal, colocando ao dispor da dupla o espólio existente em Avanca.
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Para saber mais, clique aqui

Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 31 Maio , 2006, 11:26

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BORBOLETAS

Não mates a lagartinha
Que se arrasta no jardim
Do pomar do meu quintal;
Não a mates nem persigas.

Defende-a de qualquer mal:
Da poeira das valetas
E das garras das formigas;
Defende-a, que bem precisa.

Gostas de ver borboletas
A voar de rosa em rosa,
E aprecias mariposas? –

Não mates a lagartinha
Que se arrasta no jardim
Do pomar do teu
quintal
!

Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 31 Maio , 2006, 09:56

Os filhos
da Nação

Porquê, pergunta-se, o des-porto é o lugar de despejo de tantas angústias e esperanças de gente das mais variadas condições sociais e culturais?
Porquê esse amontoado de sentimentos de vitória ou frustração, pelo simples facto – sejamos claros, falemos do futebol – de uma bola atravessar a linha desejada e interdita da baliza, depois de tantas leis aleatórias criadas e retocadas para tornar mais complexa e sedutora a operação vitória? Porquê tudo isto, se sabemos de antemão, que nada se passa, além dum prévio acordo convencional que dará a palma da vitória ou desonra da humilhação? E se entrarmos no terreno da empresa e do investimento, do estádio e de todos os suportes que estão na retaguarda dum jogo de futebol, que diferença entre o jogo do grande estádio e um entretenimento de bairro com uma insignificante bola de trapos?
As coisas não são apenas o que são. São o que simbolizam, mais as metáforas que escondem, os sentimentos que expressam, as explosões de apreço ou fúria que acordam num clube, numa equipa, num país, numa pátria. E nesta matéria, o desporto - o futebol, no caso - aproxima-se de todo o discurso político, económico, social e até religioso, quase litúrgico, reflectindo-se no estímulo e no desencanto, nos êxitos e fracassos paralelos e eventualmente prenunciadores da colagem do real ao assumidamente simbólico do futebol. Parece que o país, perdido ou ganho um torneio, se sente perdido ou reencontrado no seu evoluir económico, social, internacional, como imagem de prestígio ou objecto de compaixão ou desprezo. O futebol ultrapassa as suas linhas, rompe as suas redes, suspende ou manda prosseguir o desafio da vida, puxa de cartões para castigar ou determinar os que devem ser expulsos do campo da dignidade.
E mesmo quem não gosta de futebol quer saber o que aconteceu ou vai acontecer a Portugal como quem perscruta o oráculo dos deuses sobre o seu futuro. Estamos perante um jogo que se liga, mais do que se pensa, a um transcendente recheado de surpresa. Como escreveu Peguy: “Eu jogo por vezes com o homem, diz Deus, mas quem quer perder é ele – tonto - e sou eu quem quer que ele ganhe. E consegui, algumas vezes, que fosse o homem a ganhar…”
Surpreendente, o jogo da vida, mais que os grandes jogos de estádio.

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