de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 24 Maio , 2006, 21:35

COMEMORAÇÃO
DO DIA MUNDIAL
SEM TABACO
EM AVEIRO


O Dia Mundial Sem Tabaco vai ser assinalado no próximo dia 31 de Maio, decerto por todo o mundo mais atento à saúde das pessoas e do ambiente.
No Dia Mundial Sem Tabaco pretende-se, sobretudo, sensibilizar a população para os malefícios do tabaco e para as consequências, em termos de saúde humana, que o hábito de fumar poderá provocar.
Em Aveiro vai haver uma sessão especial para isso, no final da qual serão realizados rastreios aos fumadores, medindo o nível de monóxido do carbono, um dos principais tóxicos do tabaco.
A iniciativa, a cargo das Clínicas “Amo-te Vida”, conta com o apoio da Câmara Municipal de Aveiro, e vai decorrer no dia 31 de Maio, pelas 16.30 horas, no Pequeno Auditório do Centro Cultural e de Congressos de Aveiro.

Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 24 Maio , 2006, 21:32
Intolerância étnica
e religiosa
aumenta na Europa

A situação na Europa relativamente à intolerância étnica e religiosa é “muito grave”, manifestando-se num recrudescimento de manifestações de racismo e discriminação. O alerta foi deixado pelo representante especial das Nações Unidas para o racismo e a discriminação racial, Doudou Diene.
Este responsável interveio na Conferência Eruomed sobre “Racismo, xenofobia e media”, promovida em Viena pela presidência austríaca da UE e a Comissão Europeia. Diene lembra que, ao lado de antigas formas de discriminação, surgem “novas e mais complexas acções de violência e rejeição”.
O resentante especial das Nações Unidas para o racismo e a discriminação racial apontou dois fenómenos particularmente graves: a “banalização do racismo” e a “legitimação intelectual” de formas de xenofobia e intolerância. A inclusão de movimentos de extrema direita em cada vez mais países europeus é um sinal desta situação, defendeu.
Doudou Diene lembrou ainda que, durante os acontecimentos que sacudiram a periferia de Paris, no final de 2005, emergiu uma outra realidade, a islamofobia. A Europa, frisou, está a perder a sua identidade para adquirir uma nova, multiracial e multicultural, o que gera uma série de implicações visíveis nestas manifestações de violência.
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Fonte: Ecclesia

Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 24 Maio , 2006, 21:18



Instituições pedem
condições para
apostar na qualidade


A Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) espera que a criação de uma Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados de Saúde a Idosos e Dependentes não exclua as IPSS. Esta preocupação foi ontem manifestada a Inês Guerreiro, coordenadora nacional desta Rede.
O programa, vocacionado essencialmente para idosos e dependentes, pretende garantir tratamentos médicos continuados após alta hospitalar.
Eugénio da Fonseca, presidente-adjunto da CNIS, explica à Agência ECCLESIA que, no encontro, se procurou definir “qual o contributo que as Instituições podem dar para a execução deste programa e com que recursos podem contar para a sua concretização”.
Este responsável lembra que “boa parte” das IPSS também prestam cuidados de saúde, sobretudo junto da população idosa. Nesse sentido, a CNIS tenciona fazer um estudo para saber “qual a taxa de idosos dependentes que tem nos seus equipamentos”, como forma de perceber qual o impacto que este programa poderá ter.
Uma segunda medida passar por “fazer uma apresentação do programa a todas as Instituições que trabalham com pessoas idosas”, numa sessão a organizar em Fátima, numa data ainda a definir.
O novo modelo de cuidados continuados integrados de Saúde e Apoio Social foi apresentado pelo Primeiro-Ministro e pelos Ministros do Trabalho e da Solidariedade Social e da Saúde, e centra-se na definição, programação e progressivo desenvolvimento de um conjunto de serviços que tem por objectivo dar resposta às necessidades de saúde e apoio social das pessoas idosas e cidadãos em situação de dependência.
O presidente-adjunto da CNIS acredita que o programa “não coloca em causa nada do que as Instituições estão a fazer” e que as mesmas não estão obrigadas a aderir ao mesmo. “O que todos queremos é uma prestação de serviço com maior qualidade, sabendo nós que a qualidade acarreta exigências que têm de ser solidariamente partilhada”, aponta, referindo a necessidade de apostar na “formação de recursos humanos” e de reconverter equipamentos.
Para o futuro, Eugénio da Fonseca deixa votos de que aconteça uma maior articulação “entre o social e a saúde”.
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Fonte: Ecclesia

Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 24 Maio , 2006, 18:45

A MINHA HOMENAGEM
A QUANTOS PASSARAM
PELA EICA

A EICA (Escola Industrial e Comercial de Aveiro) foi inaugurada em 24 de Maio de 1956, com a presença do ministro das Corporações e Previdência Social. Há precisamente 20 anos, os antigos alunos da EICA lembraram a efeméride com a edição de uma brochura e de um prato decorativo, que mostra o edifício por onde passaram milhares de alunos, no âmbito das antigas escolas técnicas, que formaram muitos profissionais para a vida prática.
Nessa brochura, escrevi, então, que “Todos quantos passaram pela ‘Fernando Caldeira’ e pela ‘EICA’, para falarmos somente dos que se sentem vinculados a Escolas que criaram escola, sem qualquer menosprezo pelas dos nossos dias, de nomes incaracterísticos, e pelos seus professores e alunos, reconhecem que se torna imperioso apontar aos mais jovens a mística que nelas se respirava e que foi passando, de geração em geração, qual testemunho que urge manter vivo no coração de cada um”.
Recordo isto, porque penso que os antigos alunos da EICA jamais esquecerão os tempos que por ali passaram a estudar e a conviver, criando laços de amizade que ainda hoje perduram. Ainda há dias, em almoço de confraternização com colegas que comigo inauguraram a nova EICA, pude constatar a força desses laços, reforçados ano a ano, apesar da tristeza que nos invade quando recebemos a notícia sempre dolorosa de um ou outro que já partiu para a viagem sem regresso.
Recordar vivências, ouvir estórias tantas vezes repetidas, olhar os cabelos brancos de uns e as rugas que teimam em escavar sulcos cada vez mais profundos de outros, mas também ouvir as vozes e as gargalhadas que não se alteraram e ver os sorrisos sempre iguais da maioria foi prazer que experimentei no último encontro de antigos alunos da EICA.
Não sei se esta data de alguma forma foi ou está a ser lembrada com a dignidade que ela merece. De qualquer forma, aqui fica a minha modesta homenagem a quantos passaram pela EICA, professores, empregados e alunos, desde a data já longínqua de 24 de Maio de 1956.
Fernando Martins

Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 24 Maio , 2006, 17:41
"(...) Nunca os jornalistas tiveram uma tão semiótica formação universitária e nunca existiram tantas disciplinas e tantos livros sobre a deontologia dos media, e contudo nunca tivemos jornalistas tão pouco sérios, tão desleixados em termos de cultura geral, escrevendo muitas vezes com os pés, e tão demagógicos no modo como apresentam as coisas"
Eduardo Prado Coelho,
PÚBLICO de hoje







Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 24 Maio , 2006, 17:34
Códigos (de Vinci), venham eles!

1. Parece que este é mesmo o tempo dos códigos. Não falamos dos “códigos de barras”, estes que dão cada vez mais que pensar nas contas à vida dos portugueses! Referimo-nos, claro, com toda a naturalidade e sem quaisquer publicidades, aos múltiplos códigos de autores nacionais e internacionais, que, por caminhos mais ou menos fantásticos, pretendem agora, finalmente, ao fim de tantos séculos, descobrir a última verdade, tendo nós até agora andado todos enganados!...
Naturalmente que hoje, em tempos de pós-modernidade, e já tendo integrado os desencantos sócio-políticos e científicos, mas vivendo nos vazios da ressaca à sua sombra, eis que a projecção da imaginação encontrou no enredo de “código”, meias verdades e muitas mentiras, a “chama” que faltava ao ideal imaginário colectivo. O “código”, como itinerário, “fórmula”, caminho, que o espectador tem de percorrer até chegar ao final para aí encontrar a “solução”, nem que esta seja o “nada” ou a “não verdade”, é hoje o fascínio que atrai, fazendo sonhar um mundo diferente.
O escritor, no caminho dos Anéis, de Cristóvão Colombo, de Leonardo de Vinci, de Jesus, …, sabiamente sabe envolver o leitor; este tem de saber ler, não “comer” tudo pela mesma medida, ter capacidade de visão crítica. Inteligentemente, e também para sua própria sobrevivência, o escritor, com meia dúzia de “factos” que naturalmente (e até pela distância temporal) levantam as dúvidas saudáveis, faz desta possível dúvida de investigação a sua pura certeza que defende na obra, esta que sendo decretada como “ficção literária” coloca no leitor com menor maturidade os olhos de “história verdadeira”.
2. Quanto ao escritor, o “pão” está garantido! E quanto mais polémica, confusão, enredo, mistura de coisas sensíveis que tocam as pessoas com intenções ideológicas, mais vende… Neste tempo, quanto às instâncias envolvidas ou criticadas em obras de ficção (e em ficção pode-se dizer tudo, mesmo a maior mentira como sendo a mais pura das verdades!), a sabedoria obrigará um reaprender a situar-se dando unicamente a importância relativa aos mundos da imaginação que o “vento” levará… Quanto às entidades que estudam a história, cuidado não venha o mundo das “ilusões contemporâneas”, pela sua força mediática, reescrever a história na base da ficção. Quanto ao debate sério e esclarecedor sobre “tudo o que está em causa” como desafios à procura da verdade comum, neste contexto, então venham os códigos!
Uma certeza estará garantida, os códigos que registam a época presente da literatura, haverão de cansar e “passar à história”! Por isso merecem uma importância relativa, não sendo de sobrevalorizar. O mesmo se aplique, por exemplo e para nossa salvação, ao Festival da Eurovisão da Canção que há dias, na Europa de Mozart, Chopin, Beatles, elegeu como melhor, votada em 24 países, uma canção de monstros, quase a tocar o satânico, escandalosa falta de gosto…! Dar importância demasiada será tornar facto, sublinhar, valorizar como referência e paradigma, tudo isto apesar de ser não ficção mas um facto histórico, pela negativa, que o metal mais pesado tenha chegado a símbolo da canção europeia. Se é certo que quanto a gostos não se discute, também não é menos verdade que acreditamos em melhores gosto que virão… Num aliar de inovação e criatividade à “alma das gentes”! E já agora, onde estão as referências, o tão debatido “papel das elites” neste aperfeiçoamento, em tudo, colectivo?
3. ALGUNS DESAFIOS SÉRIOS DOS CÓDIGOS: Talvez seja de sublinhar a evidência de que importa ler como ficção aquilo que é ficção, e não fazer da ficção a “reescrita da história” pessoal e de referências comuns; em sociedades da informação, cada vez mais ou as pessoas sabem o terreno que pisam e conhecem de forma fundamentada as sua próprias convicções e crenças ou então com a última “moda” a pessoa pode embarcar na onda, porventura, da sua própria indignificação; os “códigos” sedutores e especialistas na “destruição do tabu” não conhecem fronteiras e aparecem normalmente também associados ao “mágico” como substitutivo do “anéis” esforçados do empenho, atenção, compromisso, verdade pessoal e colectiva, sendo publicações tanto mais procuradas quanto mais o “vazio” das grande verdades que fundamentam a humanidade se forem diluindo; tais obras, estudadas como estratégia de comunicação mediática ao pormenor são tantas vezes o sensível “momento” de descoberta no mágico enredo de “algo novo e diferente” que a pessoa nunca tinha ouvido falar, apesar de nas Faculdades de Filosofia e Teologia de forma acessível tais factos serem aprofundados e estudados; para as religiões, este é o tempo do grande desafio de se explicar na linguagem mais acessível ao grande público as certezas, as dúvidas, as investigações sobre as questões da Fé, num aprofundamento e mesmo revisão de questões de fronteira (à luz das ciências humanas e neuro-ciências)… mas, na hora da verdade, quando se marca iniciativa esclarecedora e aberta sobre temáticas do género, claramente, os défices de participação demonstram, cabalmente, que a força colectiva destas “procuras” ainda não superou as “horas” do sensacionalismo.
Todavia, independentemente e acima de tudo, este esclarecimento com acções permanentes e abertas será o caminho de um maior enriquecimento de todos. Outros séculos felizmente já lá vão, e aos mais variados níveis, do “ocultar” da verdade, dos textos e da investigação. Sentir os “Códigos” como desafio e oportunidade de encontro e esclarecimento para todos é tão simples e tão evidente hoje como o dizermos, por exemplo, que existe, entre tantos outros escritos considerados apócrifos (sem “credibilidade”) um Evangelho de Tomé que apresenta peripécias sobre o Menino Jesus (Evangelho da Infância). A Igreja não o oculta e estuda-se tais realidades nas Universidades, mas é importante o público em geral sabê-lo; não venha nas vésperas da próxima Páscoa (como tem acontecido nestes últimos anos) algum escritor dizer esta “última” e vender milhões de livros. (A isto, que anda muito nas modas, e já agora sem ficção se diga, também poder-se-á chamar o “fácil oportunismo literário” com desonestidade intelectual.) Para um trabalho sério e a sério nestes âmbitos, são muitas as Universidades no mundo que todos os dias investigam e publicam. Este tempo da “ficção” que vende e da “história” que se esquece, e não se está interessado em melhor conhecer, é uma imensidão de dúvidas que são desafios!


Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 24 Maio , 2006, 14:09

Santo Graal

É possível que, no fundo de todas a histórias à volta da novela Da Vinci, esteja apenas um romance, com cenários de cartão, muito bem embalado, vendido ao cinema. De permeio, uma grande máquina comercial, muito serviço de imaginação, e gente, muita gente, a tomar a novela pela realidade, a ficção pela história, o thriller pelo documentário encenado. E, diga-se, algumas pessoas crentes, cristãs, católicas, com uma pergunta: terei sido enganado pela Igreja? Será que o mundo andou a dormir até àquele dia em que o pintor mais célebre da Última Ceia revelou que no lugar de João estaria Madalena? E que isso significaria outra história de Jesus?
Tudo isto não passará de episódio fugaz que vai derreter-se com o do tempo. E certamente não provocará os estragos que muitos temem. A fé das pessoas na figura de Jesus assenta na solidez da narrativa evangélica que desde os primeiros tempos foi alimentada pelas comunidades cristãs. Apesar de ser necessário vigor e clareza na afirmação da fé, pouco adianta a recriação de autos e fogueiras diante de ficções que por si se desvanecem.
Mas não deixa de ser importante para os crentes uma pergunta: que sabem as nossas comunidades cristãs, católicas, sobre os evangelhos? A sua inspiração, composição, os seus autores, os textos canónicos e os apócrifos, o valor documental e a matéria de fé, o seu enquadramento, os géneros literários, as alegorias, parábolas, as cenas de carácter catequético, as palavras literais de Jesus, o essencial e o periférico?
Estão levantadas, num livro de ficção, algumas destas questões? Ainda bem. As respostas têm vinte séculos de pregação e estudo em igrejas, escolas, universidades, em hebraico, grego, latim e línguas vernáculas em que foram vertidos os textos vétero e neo testamentários. Tudo isso está dito e em constante recapitulação e questionamento entre os biblistas, teólogos e pastoralistas. Não são poucas as questões que continuamente se lançam sobre as narrativas bíblicas. Basta estudar um pouco mais aprofundadamente as leituras proclamadas diariamente na liturgia, para se compreender que nenhum interpretação técnica é pacífica e definitiva. Mas importa dizer que para além de todas as exegeses, há uma experiência serena de fé na Palavra inspirada e indefectível que passou por todas as vicissitudes dos seus autores e das comunidades que a transmitiram.Esta fé é um santo Graal religiosamente guardado no coração dos cristãos, sem códigos nem criptagens.
Vivido na transparência que não teme os desafios da história. Nem as brincadeiras de mau gosto, espécie de PlayStation das figuras que fizeram a história bíblica. Os criadores de fábulas dão lucro, mas nada acrescentam à história. Mesmo assim podem questionar as razões de fé dos crentes. E nisso têm mérito.

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